Artículo Materias > Ciencias Sociales Universidad Europea del Atlántico > Investigación > Producción Científica Universidad Internacional Iberoamericana México > Investigación > Producción Científica Abierto Portugués O presente artigo reflete sobre a realidade das mulheres em tempos de pandemia. A problemática que envolve o presente trabalho parte da pergunta: como tem sido a experiência das mulheres na pandemia do coronavírus (Covid-19), devido ao acúmulo dos cuidados como tarefa feminina e o grito uterino que vem dessa situação? Para responder a essa questão, buscamos referências da teologia feminista, que parte do princípio da experiência das mulheres para a análise da realidade e a reflexão teológica e que coloca a vida mesma em sua amplitude como critério hermenêutico. A metodologia utilizada é bibliográfica, a partir de artigos de revistas, entrevistas e livros. Além do mais, somos três mulheres, profissionais, afetadas também pelo home office que se mistura com o trabalho da casa e a necessidade de uma nova organização. O processo de ensino aprendizagem da pandemia tem sido cruel e tem afetado, especialmente, a vida das mulheres. A casa, que deveria ser um lugar seguro, apresenta-se para muitas como um lugar de perigo constante. Muitos trabalhos de cuidado remunerados ou não são realizados pelas mulheres. Historicamente o cuidado tem sido delegado às mulheres, sendo, por um lado, exaltado como parte do ser/fazer feminino (mãe e dona da casa) e, por outro lado, é um trabalho não remunerado ou mal remunerado (enfermeiras, assistentes sociais). Apresenta-se o artigo em três partes: a experiência das mulheres, a necessidade de reinventar a economia do cuidado e o grito uterino que ecoa com justa indignação. Evidencia-se que a pandemia visibilizou questões preexistentes: o aumento do cuidado sob os ombros das mulheres seja em casa ou nas diferentes profissões em que as mulheres estão na linha de frente, a violência contra as mulheres. A pandemia acentua a desigualdade social, racial e de gênero da sociedade brasileira, sendo que as mais atingidas são mulheres pobres, negras, pardas, idosas e com deficiência. O grito que nasce do feminismo clama por uma reinvenção do mundo que habitamos metadata Ulrich, Claudete Beise; Núñez de la Paz, Nivia Ivette y Ströher, Marga Janete mail SIN ESPECIFICAR (2020) Mulheres em tempos de pandemia: a cotidianidade, a economia do cuidado e o grito uterino! Estudos Teológicos, 60 (2). p. 554. ISSN 0101-3130