@article{uneatlantico5368, title = {Mulheres em tempos de pandemia: a cotidianidade, a economia do cuidado e o grito uterino!}, journal = {Estudos Teol{\'o}gicos}, year = {2020}, number = {2}, pages = {554}, volume = {60}, author = {Claudete Beise Ulrich and Nivia Ivette N{\'u}{\~n}ez de la Paz and Marga Janete Str{\"o}her}, month = {Octubre}, keywords = {mulheres, pandemia, cotidianidade, economia do cuidado, feminismo}, url = {http://repositorio.uneatlantico.es/id/eprint/5368/}, abstract = {O presente artigo reflete sobre a realidade das mulheres em tempos de pandemia. A problem{\'a}tica que envolve o presente trabalho parte da pergunta: como tem sido a experi{\^e}ncia das mulheres na pandemia do coronav{\'i}rus (Covid-19), devido ao ac{\'u}mulo dos cuidados como tarefa feminina e o grito uterino que vem dessa situa{\c c}{\~a}o? Para responder a essa quest{\~a}o, buscamos refer{\^e}ncias da teologia feminista, que parte do princ{\'i}pio da experi{\^e}ncia das mulheres para a an{\'a}lise da realidade e a reflex{\~a}o teol{\'o}gica e que coloca a vida mesma em sua amplitude como crit{\'e}rio hermen{\^e}utico. A metodologia utilizada {\'e} bibliogr{\'a}fica, a partir de artigos de revistas, entrevistas e livros. Al{\'e}m do mais, somos tr{\^e}s mulheres, profissionais, afetadas tamb{\'e}m pelo home office que se mistura com o trabalho da casa e a necessidade de uma nova organiza{\c c}{\~a}o. O processo de ensino aprendizagem da pandemia tem sido cruel e tem afetado, especialmente, a vida das mulheres. A casa, que deveria ser um lugar seguro, apresenta-se para muitas como um lugar de perigo constante. Muitos trabalhos de cuidado remunerados ou n{\~a}o s{\~a}o realizados pelas mulheres. Historicamente o cuidado tem sido delegado {\`a}s mulheres, sendo, por um lado, exaltado como parte do ser/fazer feminino (m{\~a}e e dona da casa) e, por outro lado, {\'e} um trabalho n{\~a}o remunerado ou mal remunerado (enfermeiras, assistentes sociais). Apresenta-se o artigo em tr{\^e}s partes: a experi{\^e}ncia das mulheres, a necessidade de reinventar a economia do cuidado e o grito uterino que ecoa com justa indigna{\c c}{\~a}o. Evidencia-se que a pandemia visibilizou quest{\~o}es preexistentes: o aumento do cuidado sob os ombros das mulheres seja em casa ou nas diferentes profiss{\~o}es em que as mulheres est{\~a}o na linha de frente, a viol{\^e}ncia contra as mulheres. A pandemia acentua a desigualdade social, racial e de g{\^e}nero da sociedade brasileira, sendo que as mais atingidas s{\~a}o mulheres pobres, negras, pardas, idosas e com defici{\^e}ncia. O grito que nasce do feminismo clama por uma reinven{\c c}{\~a}o do mundo que habitamos} }